sexta-feira, 13 de novembro de 2015


Mateus 1

A genealogia de Cristo e a gravidez de Maria










      Sempre foi tradição entre os judeus catalogar genealogias. Até hoje os judeus (que se reconhecem como tal) fazem desta forma e assim se localizam enquanto indivíduos pertencentes a este povo. O Cristo de Deus entrou na história e se permitiu ser localizado no mapa étnico dos judeus na tribo (secular) de Judá. Se permitiu ser envolvido de cultura humana. 
      O Senhor absoluto, que está além da existência  precisava  entrar na história e isso trouxe questões difíceis. E mais complicado do que explicar a concepção por um ente não humano, seria justificar um tipo de gravidez perante seu marido, com quem acabara de casar, além das duas famílias em questão: a dela mesma e de José.
      Mais uma vez, de forma marcante Deus entra na história. 
      José e Maria notavelmente entenderam a intervenção. Apesar de no início ter decidido abandoná-la secretamente, José não perdeu a cabeça. José foi um home notável, homem de verdade. Diferente de seu ancestral Davi que usou de seu poder para usufruir sexualmente de uma mulher alheia Mas as consequências mais desconsertantes ficariam com Maria. 
      Esta no entanto, até a aparição do anjo esteve em uma situação bastante embaraçosa para uma mulher em sua época. Recém casada, com uma gravidez que não proveio do marido. Uma mulher pobre e sem tradição familiar estava exposta a uma situação difícil por causa do Espírito Santo. Mas o anjo Gabriel interveio e deu sentido a todo aquele risco real.
      Dali pra frente a jovem Maria estava grávida de um paradoxo, dentro de si estava quem seria o filho de Deus, ela sabia disso. Mas o que fazer dali pra frente? Se gabar por carregar dentro de si o próprio Deus a faria sofrer risco de morte. Nem se orgulhar publicamente disso ela podia, o meio onde ela estava, o contexto e a realidade não propiciava isso.
      Eles continuavam suas vidas apesar de estarem grávidos do Senhor da história: trabalhavam, um cuidava do outro. Maria não fazia a dieta normal de mulheres grávidas, comia o que tinha, eles não receberam nenhum beneficio auxiliar do Estado de Israel, não havia nenhum auxílio gravidez para a mãe de Jesus. Não havia complementação salarial pra José dar conforto ao filho que ia nascer. Os dois só puderam contar com a saúde que Deus os deu e alimentação possível que o trabalho os dava.
      Mesmo assim eles trabalharam, viveram deslumbrados com a graça que Deus havia os dado.
      Mesmo assim eles não pediram garantias a Deus para uma boa gestação. Maria continuou a ser Maria e José a ser José. Não exigiram vantagens a Deus nem contrapartidas por isso.
     Jesus ao nascer portanto, teve tudo o que precisava para crescer bem até os 33 anos, um casal em que um cuidava da outra e uma cuidava do outro.











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